quarta-feira, 11 de julho de 2012


    O amor permanece mesmo quando o coração pára de bater. Mesmo que nossos lábios não mais possam se abrir, ainda permanece o amor naquilo que fizemos e fomos, não sendo necessário dizê-lo para que seja sentido. O amor nasce em nós muito antes de existirmos, e, por ser eterno, sem começo, nem fim, não está aberto ao nosso entendimento, e nem mesmo preso às nossas expectativas. O amor não desfalece. Ele permanece exatamente onde foi cultivado e repartido.
    Deus nos moldou, transferindo a uma matéria informe tudo aquilo que é perfeito, dando a nós puro amor como sopro de vida, dizendo que pelo amor fomos criados e que para ele voltaremos. O último suspiro não diz que tudo se encerra, evidencia que o descanso se inicia, que a limitação se desfaz e permanece a verdadeira vida. Nem a falta de oxigênio ou mesmo um câncer nos pulmões, nada é capaz de sufocar o amor, porque ele não é físico, não está limitado a músculos ou a um certo espaço. O amor transcende qualquer limite. O amor não se extingue, ainda que não haja mais a presença de quem se ama, pois ele não está vinculado à imagem, ao perfume, ao toque, mas a algo muito mais poderoso, que não envelhece, nem esfria, nem se decompõe.
     O amor não é carnal, não é carência e, por isso, muitos se perdem ao tentar agarrá-lo. O amor é aquilo de que somos feitos. Ele é o que há de perfeito em nós, que nos foi concedido através do sacrifício de Um só, de um Único e que jamais se apagará!

segunda-feira, 2 de julho de 2012